sexta-feira, 10 de outubro de 2008

The RING for a REVENGE

Esse conto surgiu da idéia da "imortalidade" tecnicamente obtida por personagens de filme te terror que recebem uma data, ou algo similar, para sua morte. Apesar em The RING não confirmar essa teoria, ela é 100% confirmada em Premonição 2, mas como eu nunca vi nem o 1 inteiro e não me dei o trabalho de ver o 3, resolvi fazer no universo do The RING. O "conto" acabou crescendo um pouco além do esperado, e foi dividido em 9 capítulos, hoje trarei a primeira parte do primeiro capitulo. A ínicio planejo dividir cada capítulo em 3 partes. E não me pergunte quando irei fazer a parte 2. 

Night 1- The last Day of my life PARTE 1

 

-Parabéns! A senhora está grávida.

 

Se felicidade fosse um pecado, eu teria de ser condenado ao nono circulo do inferno para pagar pela felicidade que senti naquele momento. Minha esposa, Inaka Hatsushi, possui um problema no útero, e precisa de um tratamento inacreditavelmente caro para engravidar. Após três anos de tratamento, gastando todo dinheiro que tínhamos e o que não tínhamos, ela finalmente conseguiu engravidar. Ver o rosto dela coberto por lágrimas de felicidade fez valer a pena todas as horas extras que fiz na vida. Mesmo tentando evitar, em pouco tempo o meu rosto também já estava coberto de lágrimas. Agradeci ao doutor o máximo que pude, estava arrependido de tê-lo chamado de sanguessuga durante esses anos. Abracei a minha esposa, naquele momento estava mais bonita do que nunca. Se o doutor não estivesse ali, com certeza eu a teria despido. O doutor começou a dar instruções de como proceder com a gravidez de forma segura, e mais uma vez, havia uma lista de remédios caros na minha mão, mas pela primeira vez eu não me importei. O maior sonho da minha esposa sempre foi ter um filho, poder realizar esse sonho dela não tem preço.

 

O doutor ainda falou por mais meia hora, então finalmente saímos do seu consultório. Por maior que seja a nossa felicidade, ela ainda não é capaz de parar o mundo. E aquela lista de remédios não iria se pagar sozinha. Aparentemente minha esposa pensava diferente, percebi isso quando passamos em frente a um motel e ela me puxou para dentro. Pegamos o quarto mais barato, naquela hora um banheiro já era espaço suficiente. A velocidade da minha esposa nessas horas realmente me impressionava, antes de eu terminar de tirar a camisa ela já havia se despido e abaixado as minhas calças. Foi uma das nossas melhores vezes, infelizmente durou apenas uma hora, se pudesse ficaria com ela naquele quarto pelo resto do dia. Mas a realidade, na forma de uma lista de remédios, nos chamou de volta.

 

Levei minha esposa à estação de metro, ela dava aula em uma escola primaria longe de onde morávamos, mas o salário compensava. Eu trabalhava em dois locais para igualar a minha renda a dela. Meu emprego diurno era dar aulas de kenjutsu em um dojô no centro da cidade, por sorte não era longe da estação. Cheguei atrasado, no entanto, Kazui, já havia começado o treino por mim. Kazui era uma pessoa estranha, todas as vezes que o encontrei estava trajando roupas pretas. Já vieram me falar que Kazui estava envolvido com os yakuzas, verdade ou não, eu não me importava. Kazui sempre demonstrou respeito com todos e era um dos meus melhores amigos. Por toda a minha vida me submeti a empregos cujo quais eu não gostava, acreditava que a maioria dos yakuzas estaria na mesma situação.

 

Terminei o treino acabou um pouco mais cedo, era sexta-feira e ia trabalhar em uma boate durante toda madrugada. Contei ao Kazui que ia ser pai. Esperei que ele fosse discreto, fui um tolo. Em não mais de três minutos já estavam todos ao meu redor. Resolveram que sairíamos para comemorar. Ainda tinha bastante tempo até o horário da boate, resolvi aceitar. Fomos a um bar brasileiro perto da estação, pedimos cerveja e uns aperitivos. Muito bonito o local, mas nunca vi atendimento pior. Durante horas ficamos conversando, a conversa fluía como água da nascente. Seria bom ter mais tempo para passar com os amigos. Resolvemos até o nome do bebê. Ele se chamaria Enmei, resolvi que lhe daria esse nome para que tivesse uma vida longa. Pois não a problema que não possa ser resolvido enquanto se estiver vivo.

 

Às dezoito horas a televisão do bar começou a transmitir o noticiário, estava tão contente que nem percebi o tempo passar. No início meu impulso era me levantar para ir embora, a boate era longe e teria que pegar o metro, mas uma noticia me chamou a atenção. Um cara estava ameaçando a se pular do alto de um prédio. O local estava tomado por bombeiros e repórteres, o que era estranho considerando que o Japão tem o maior incide de suicídios do mundo. Aparentemente o suicida dessa vez não é um infeliz que perdeu tudo na vida, mas um executivo beirando os quarenta que por acaso eu já o tinha assistido na televisão. Durante um programa sobre economia ele deu uma entrevista sobre como investir o seu dinheiro. Eu me lembrava por tinha ficado uma semana desejando ter metade do dinheiro que esse cara tinha. Com os conhecimentos demonstrados por ele na entrevista duvidava que tivesse ido à falência. E se fosse esse o caso, ele seria mais miserável se matando e os repórteres não estariam ali.

 

Toda a admiração que eu tinha por ele devido ao programa que tinha assistido desapareceu naquele momento. Não a nada que eu detestasse mais do que alguém que acabaria com a sua própria existência. A vida não foi feita para ser um mar de rosas, a vida nada mais é do que uma seqüência de desafios a ser superada. Tentar escapar das dificuldades apenas se entregando a morte... não há atitude mais patética. Pelo menos assim era meu modo de ver o mundo. Abri mais uma lata de cerveja e comecei a virá-la de uma vez só. Nesse ritual de ataque ao meu fígado fechei os meus olhos, por alguma razão acho que sinto melhor o sabor das coisas de olhos fechados. No entanto o meu apreciar da cerveja foi interrompido. Não pela minha audição ou olfato, e muito menos pela minha visão, já que estava com os olhos fechados. Mas pelo meu tato, mesmo sem ninguém ter dito ao menos uma palavra eu já podia sentir na pela a mudança do ambiente. Um clima frio e mórbido havia se instalado onde até a pouco tempo o clima era quente e festivo. Abri meus olhos apenas para confirmar minhas suspeitas, ele havia pulado.      

2 comentários:

Unknown disse...

Li so o "cabeça do alho"
mas queria falar algo...
Pqp a porra do one piece non rolou semana passada (non sei pq) pra o dessa semana ser uma porcariazinha do desfecho da luta com as irmãs cobra...
Ele só da um couro nas duas e acaba...
Tomara que naruto seja melhor, eu vi um dos pein virar um gafanhoto ou coisa similar, quero ver como o kakashi vai se virar...
Boa semana, sadades de vcs todos :D
To doente me sentindo escroto mas se o mengão ganhar hj fico um pouco mais feliz...
Ah no texto acima pode haver spoilers...

Unknown disse...

Ei, autista!

Que horas q vai começar a ter sexo e humor sem nexo nesse teu conto?

E o título é um jargão bem fudido em inglês, o texto é redigido em português e se passa no Japão. Mas que surubinha gostosa, né?

O drama está muito bom! Continue assim, lil boy! Atrairá leitores assíduos e talvez algumas xerequinhas.

Mas enquanto não houver humor imbecil, idiotas, como eu, não lerão a sua narrativa.

Um beijo!